JASAO E O VELOCINO DE OURO. - DJ Blog

JASAO E O VELOCINO DE OURO.

Publicado em quarta-feira, 11 de abril de 2012


Após passarem por muitas peripécias, os argonautas ousados navegantes, comandados pelo herói grego Jasão, estavam prestes a chegar a Cólquida, reino onde estava escondido o famoso tosão de ouro. Sua missão era resgatar esta relíquia, levando-a intacta até o seu país.

A última parada antes do destino final se deu na ilha de Marte. Porém, antes de desembarcarem, avistaram ao longe um bando de imensas aves que pairavam sobre a ilha como uma gigantesca e movente nuvem escura.
— O que é aquilo? — disse um dos tripulantes do Argo, o navio que conduzia os heróis.
— Vamos nos aproximar para ver melhor — disse Jasão a Tífis, o piloto. Virando as velas, Tífis fez com que o Argo passasse rente à ilha, o que bastou para despertar a atenção das aves. Num instante, uma gigantesca nuvem alada ergueu-se até os céus, saindo no encalço da embarcação.
— As malditas aves estão nos seguindo! — disse Tífis ao comandante da expedição.
As aves tinham o tamanho e a aparência assemelhados aos do maior dos grifos, pássaros monstruosos com corpo de leão, cabeça e asas de águia e suas penas eram disparadas de seus corpos como setas.
— Cuidado, Tífis! — disse Teseu, um dos tripulantes, ao perceber que uma delas se aproximara perigosamente do companheiro.
Infelizmente o aviso chegara tarde demais; atingido por uma flechada certeira partida de uma das aves, o infeliz piloto caíra morto instantaneamente.
— Aves infernais! — bradou Jasão, recolhendo o corpo de Tífis, já sem vida. Erguendo seus escudos e lanças, os argonautas tentavam proteger-se do ataque das aves, que continuavam a lançar de seus corpos uma chuva de setas.
— Batam nos escudos, com toda a força! — disse o comandante. Imediatamente todos começaram a fazer uma tremenda azoada, ao mesmo tempo em que acertavam algumas aves com a ponta de suas lanças. Mas o que verdadeiramente os salvou foi a perícia do piloto, que havia desde o primeiro instante dado o rumo certo à embarcação, fazendo com que o navio se afastasse o suficiente da ilha. As terríveis aves, apesar de belicosas, jamais iam para muito longe de seu habitat, por isso logo retornaram à ilha, dando gritos estridentes de triunfo. Pareciam satisfeitas por terem assassinado ao menos um dos intrusos, embora tenham sido abatidas em muito maior número.
Os argonautas, aliviados por escapar do perigo, tinham motivos, no entanto, para estarem mais abatidos do que felizes, devido à morte de Tífis. Depois de deplorar a má sorte de seu companheiro, os expedicionários rumaram para a Cólquida, onde chegaram sem mais incidentes.
Tão logo desembarcou em terra, Jasão procurou o rei, Etes, para lhe informar do motivo da viagem. O rei escutou-o atentamente e depois disse:
— Estrangeiro, já que você e seus companheiros se deram a tantos trabalhos e perigos para chegar até aqui, estou disposto a lhes ceder o Velocino de Ouro.
Um sorriso de satisfação banhou o rosto de Jasão.
— Antes, no entanto, você deverá provar que é realmente um escolhido dos deuses.
— Estou disposto a qualquer coisa para cumprir a minha missão — disse Jasão, confiante.
— Muito bem. Amanhã cedo você deverá estar diante do campo de Colcos. Ao chegar lá, lhe entregarei dois touros. Tome-os e are o campo inteiro para mim.
Os argonautas entreolharam-se, incrédulos com a simplicidade da tarefa.
— Só isto... ? — perguntou Jasão.
— Sim, os detalhes você saberá amanhã. Então, está disposto?
— Está bem, lá estarei à hora combinada — respondeu o forasteiro.
Entre os circunstantes, entretanto, estava Medéia, a filha do rei, que imediatamente tomou-se de amores pelo herói grego. Chamando-o à parte, a filha de rei decidiu preveni-lo:
— Belo estrangeiro, preciso falar com você — disse, pegando no pulso de Jasão. Jasão acedeu, acompanhando-a até um local afastado do burburinho.
— Esta é uma prova muito mais difícil do que você imagina — começou ela a dizer. — Os bois com os quais você deverá arar o campo são, na verdade, dois imensos e furiosos touros com patas de bronze. Além disso, eles cospem fogo pela boca, de tal sorte que jamais alguém, à exceção de meu pai, conseguiu arar o tal campo.
— Bem, se ele conseguiu, eu também conseguirei — exclamou Jasão.
— Não seja tão ingenuamente confiante — censurou Medéia. — Na verdade ele apenas o consegue porque está sempre de posse de um feitiço que eu elaboro especialmente para ele.
— Você é uma feiticeira?
— Sim, desde nova fui iniciada nas artes mágicas.
— Bem, e você está disposta a me ceder esse feitiço?
— Certamente, mas antes é preciso que você saiba de uma outra coisa. As sementes que o rei lhe dará para semear no campo são, na verdade, os dentes que Cadmo extraiu de um horrível dragão. Tão logo os deposite sobre os sulcos abertos pelo arado, eles irão se transformar num exército de soldados, que se lançarão sobre você, dispostos a tudo para lhe tirar a vida.
— Bem, e o seu feitiço agirá como?
— Quando meu pai lhe der os dentes do dragão, você deverá pedir o adiamento da tarefa para o dia seguinte. Com a chegada da noite, vá até o rio que há um pouco além do campo e, depois de se purificar em suas águas, sacrifique dentro de um fosso, que você cavará com as próprias mãos, um grande carneiro. Queime-o inteiro e faça ali mesmo suas libações com mel, invocando Hécate, a deusa das trevas. Você saberá que ela estará presente quando escutar o uivo de milhares de cães invisíveis. Dê então as costas e saia imediatamente do local.
—  E depois?
— Quando a aurora surgir, junte um pouco do seu orvalho e dilua o feitiço que estou lhe dando neste momento — disse Medéia, estendendo às mãos de Jasão um pequeno vidro — e passe-o por todo o corpo. Deverá esfregá-lo também em suas armas. Você sentirá então que seus membros adquirirão uma força sobre-humana, estando apto, assim, a enfrentar a fúria dos touros.
— E quanto ao exército que brotará do solo?
— Quando os soldados surgirem do chão, pegue uma grande pedra e jogue entre eles. Isto os tornará raivosos a ponto de fazê-los brigar entre si. Aproveite, então, a confusão e liquide-os.
Depois de receber essas instruções, Jasão partiu, disposto a cumprir com exatidão tudo o que a filha do rei lhe dissera.
No dia seguinte, logo cedo, Jasão chegou, juntamente com os seus amigos, no campo de Colcos. O rei já estava instalado numa grande tribuna, juntamente com sua filha e um imenso contingente do povo que acorrera pressuroso para presenciar o temível feito.
A maioria, porém, foi disposta apenas para ver a morte do estrangeiro, pois vários outros já haviam tentado inutilmente a façanha. Ninguém, no entanto, jamais havia conseguido passar além da doma dos touros selvagens.
Dentro de uma armação de ferro reforçada, montada no próprio campo, partiam rugidos ferozes, acompanhados de golpes semelhantes aos de poderosos malhos que fossem desferidos contra o solo que faziam tremer as próprias tribunas e arquibancadas. Eram os touros que se debatiam, fazendo saírem fios de labaredas por todas as frestas da armação.
Entre o povo ferviam as apostas; apostava-se não para saber se o desafiante venceria ou não, mas quanto tempo ele levaria para ser abatido pelas feras.
De repente, quatro homens aproximaram-se do grande portão de ferro e puxaram a imensa tranca de chumbo que impedia a saída dos animais. Os touros, pressentindo a iminência de sua libertação, lançavam-se contra as paredes de sua prisão. Tão logo a tranca foi retirada, os dois lançaram-se a toda força, não dando sequer tempo para os homens fugirem. Um deles foi imediatamente pisoteado pelas patas de bronze do primeiro boi, que sapateou sobre o corpo até reduzi-lo a uma massa sangrenta de ossos e carne. Ninguém moveu um dedo para salvá-lo. E. se alguém o tivesse feito, teria sido executado a mando do próprio rei, pois aquelas mortes introdutórias faziam parte do espetáculo. O segundo e último morto pois os demais haviam conseguido escapar a tempo foi um rapaz de seus dezoito anos, que teve o rosto inteiro queimado pelas labaredas que um dos touros lhe lançou às faces. Junto ao solo ficou seu corpo intacto, com a caveira queimada exposta.
O espetáculo destas duas mortes preliminares acendeu o ânimo do povo, em definitivo. Gritos de prazer elevaram-se da platéia; urros selvagens percorriam todo o campo, abafados somente pelo mugido selvagem dos touros, que continuavam a escarvar o solo, lançando para o alto torrões de terra do tamanho de uma cabeça humana.
Jasão estava poucos metros à frente das bestas; seu olhar era ao mesmo tempo cauteloso e confiante. O primeiro touro, assim que o enxergou, lançou-se sobre ele, a toda fúria. Jasão, com seu escudo enfeitiçado, aparou o golpe — que sob condições normais teria furado o metal do instrumento como se fosse de papelão. Mesmo assim o herói foi lançado junto com sua proteção dez metros adiante, o que fez a platéia erguer-se, num êxtase incontido.
Enquanto Jasão ainda estava caído, o segundo touro investiu, disposto a pisotear o grego até a morte. Mas este, levantando-se, conseguiu desviar-se, dando ainda um grande soco na cabeça do animal, o que o desorientou por alguns instantes. Cego de raiva, o touro cuspia fogo em todas as direções, de modo que uma de suas poderosas línguas de fogo alcançou as primeiras filas da arquibancada, espalhando o pânico sobre o povo. Do outro lado da arquibancada, os que estavam mais para trás acavalavam-se sobre os ombros dos que estavam à frente para enxergar melhor o massacre inesperado. Pessoas pulavam para a arena com os corpos em chama. Os touros, deliciados, continuavam a investir sobre os dois cadáveres. Jasão teve de prosseguir em seu desafio, mesmo em meio aos corpos calcinados e pisoteados de homens e mulheres.
A platéia agora estava tomada pela histeria, empolgada até a loucura pelo macabro espetáculo. Pessoas começavam a ser lançadas de modo indiscriminado para dentro do campo, o que obrigou o rei a lançar seus soldados sobre a plebe, a fim de conter o entusiasmo.
Apesar do fogo espalhado por todo o campo, Jasão não tinha uma única queimadura, graças ao feitiço de Medéia. A um canto estava o jugo de bronze e o arado de ferro; Jasão apoderou-se do jugo com uma das mãos e aproximou-se do primeiro touro. Um espirro de fogo da besta cobriu o herói de uma veste de chamas, dos pés à cabeça. A platéia urrou. Mas assim que as chamas se extinguiram, Jasão ressurgiu de dentro delas, intacto, arrancando um oh! decepcionado de espanto da mesma platéia. O touro também parecia desconcertado; confuso, olhou para o irmão, como que buscando dele uma explicação para o feito assombroso. Jasão, aproveitando a distração, agarrou um dos cornos do animal, arrastou-o até sentir seu pêlo ardente encostado no peito, e com um pontapé fez o animal cair de joelhos diante de si. Em seguida, colocou sobre o cachaço do touro o pesado jugo, deixando-o imobilizado. O segundo touro, vendo seu irmã em apuros, correu a toda velocidade em direção ao inimigo. Medéia, percebendo a cena, gritou para Jasão:
—  Cuidado!
A imensa cabeça do touro sacudiu-se como se uma nuvem invisível de moscas a cercasse. Jasão, com um pulo ligeiro, montou sobre as costas do animal e saiu trotando, agarrado aos chifres da criatura, que escoiceava, enlouquecida por se ver alvo daquela inesperada humilhação.
Medéia, na tribuna, vibrava. O próprio rei não pôde deixar de aplaudir o prodígio. E até a própria ralé das arquibancadas passou para o lado do audaz domador, curvando-se ao talento do vencedor.
Aproveitando-se de um descuido do animal, Jasão apoderou-se de seus dois chifres e com uma pancada vigorosa do punho, assestada contra a testa do animal, praticamente o nocauteou, obrigando-o a dobrar os joelhos até o chão. Jasão tinha agora os dois touros postos sobre o jugo; com um movimento rápido, atrelou o arado de ferro à extensão da canga e, apoderando-se do timão, começou a arar o campo, como se estivesse puxando a mais suave parelha de bois de toda a Grécia.
Um estrépito de aplausos varreu toda a assistência. Ainda falta, porém, a última parte da tarefa, que é a de semear nos sulcos abertos pelo arado os dentes do dragão que Cadmo abatera anteriormente. Jasão assim o fez, voltando sempre a cabeça para trás para ver se surgiam os temíveis soldados que, segundo Medéia, se levantariam do chão para atacá-lo.
Após lançar o último dente amarelo do dragão sobre o solo, Jasão, de fato, viu erguer-se do chão um exército inteiro de gigantes. Cada um deles tinha a mesma aparência do temível réptil: uma face oblonga e esverdeada, tendo de cada lado do rosto um grande olho de pupilas horizontais. Estavam todos armados de escudos, lanças e espadas. Imediatamente os soldados avançaram em direção a Jasão, que os rechaçava com golpes firmes de sua espada encantada. Mas para cada um que era abatido ressurgiam outros dez, e se tornava impossível ao herói dar conta de todos eles.
Obrigado a recuar, Jasão lembrou-se, contudo, do expediente que Medéia lhe ensinara. Erguendo do chão uma pedra de bom tamanho, o herói lançou-a em meio aos temíveis guerreiros. No mesmo instante eles atiraram-se uns contra os outros, de modo surpreendente, fazendo-se em pedaços. Jasão, aproveitando-se da confusão, caiu em cima dos restantes, acabando com eles.
Cumpridas as duas tarefas, Jasão apresentou-se diante do rei Etes.
— Muito bem, audaz guerreiro — disse o monarca, pondo sobre a fronte de Jasão o louro da vitória. — Você já tem a minha autorização para entrar no bosque onde está guardado o tosão dourado. No entanto, deverá fazê-lo sozinho — completou o rei, pois sabia bem que Medéia o havia auxiliado ainda há pouco e queria evitar nova intromissão por parte de sua filha. Um pouco além do campo onde Jasão domara os touros e exterminara o exército de gigantes ficava o tal bosque. Ali, nem mesmo o mais destemido dos guerreiros da Cólquida ousava penetrar. A noite já caíra, e o herói tinha uma tocha acesa numa das mãos.
De repente, porém, Jasão sentiu que tinha alguém a seu lado. Virando-se, confirmou sua impressão. Era Medéia, que, escapando à vigilância de seu pai, viera juntar-se a ele.
— O que está fazendo aqui?
— Vim para ajudá-lo outra vez — disse a filha do rei, decidida.
O argonauta, reconhecendo a competência da jovem, curvou-se à vontade dela e ambos seguiram floresta adentro.
— Mantenha-se sempre perto de mim — disse o guerreiro.
Assim unidos, os dois avançaram, desviando-se dos compridos galhos; a jovem feiticeira também trazia consigo uma tocha, para ajudar a clarear a treva espessa da mata. Depois de atravessarem grande parte do bosque, Jasão entreviu por detrás da folhas das árvores uma claridade que quase tornou desnecessário o uso das tochas.
— É ela, a árvore onde está pendurado o Velocino dourado! — disse Medéia. puxando o braço de Jasão.
De fato, dentro de uma larga clareira dentro da mata estava uma enorme e solitária árvore. De seus galhos pendia o tosão de ouro — a pele de ouro da ovelha que o jovem Frixo esfolara logo após a sua chegada a Cólquida. Banhado pela luz da lua, o tosão esplendia maravilhosamente, deixando os dois intrusos momentaneamente paralisados de admiração. Ao lado da majestosa árvore estava. no entanto, uma grande caverna, de cuja entrada escura escapava um ronco.
— Cuidado, Jasão! — disse Medéia, apreensiva, ao ver que ele se precipitava para apanhar do galho da árvore a preciosa relíquia. — Ali dentro está o terrível dragão que protege o Velocino noite e dia! Deixe-me ir junto!
— Fique aqui! — recomendou ele, empunhando com firmeza a espada, enquanto resguardava o peito com o escudo.
O herói avançava, cautelosamente. Subitamente, porém, o ronco no interior da caverna silenciou. Jasão, prevendo que o tempo se esgotava, estendeu a mão, chegando a tocar o macio e dourado pêlo do tosão pendurado ao galho. Como se o seu toque despertasse um alarme, surgiu no mesmo instante da entrada escura da caverna a grande e horrenda cabeça do dragão.
— Cuidado, Jasão! É ele, o guardião do Velocino! — gritou Medéia.
Um urro selvagem fez os galhos das árvores vibrarem, expulsando de suas extremidades uma chuva de folhas, que rodopiaram soltas no ar. Ao enxergar o intruso, a besta fenomenal saiu de corpo inteiro de dentro da caverna. As escamas denteadas de seu dorso lembravam os degraus cartilaginosos de uma imensa escadaria verde escura. Uma baba amarela descia pelo queixo do monstro, deixando várias poças espalhadas pelo chão. Com sua cauda gigantesca sempre em movimento, ele espalhava a gosma venenosa para todos os lados.
Jasão, protegido por seu escudo, recuou um pouco, sem poder capturar a sua preciosa relíquia. Medéia, por sua vez, desobedecendo às ordens de Jasão, lançou-se ao teatro da disputa, disposta a tudo. Os dois estavam agora inteiramente à mercê da fera, que os encurralou a um canto de um grande paredão rochoso. Felizmente o monstro estava preso a uma sólida corrente dourada, cujos elos eram tão grandes que por eles podia passar uma cabeça humana inteira.
Jasão já se preparava para atacar a fera, quando Medéia puxou de seu seio um pequeno vidro.
— Tome, leve consigo! — disse. — É uma poção destinada a fazer adormecer o monstro.
O herói, de posse do líquido, avançou, mas foi golpeado inadvertidamente pela ponta da cauda da fera, indo cair próximo à árvore. Jasão agradeceu o erro de cálculo do monstro e apoderou-se com segurança do tosão. A fera, enlouquecida de ódio, investiu com fúria contra o argonauta; o recipiente com a poção mágica, contudo, rolara ao chão. Felizmente, o vidro não se quebrou. Enquanto Jasão enfrentava o monstro, Medéia, de posse outra vez da poção, a aspergia sobre o inimigo. A fera, arreganhando os dentes, engolira quase todo o conteúdo, e aos poucos foi-se fazendo sonolenta.
Os olhos do dragão começavam a se fechar. Jasão, aproveitando a oportunidade única, tomou a lança e a atravessou no coração do monstro. Foi um ato que se revelou mais imprudente que judicioso, pois a fera, com a dor insuportável do golpe, ergueu-se nas duas patas lançando um grande urro. Antes de cair morta ao solo, num último golpe tentou abocanhar Jasão, que deixou nos dentes do dragão, no entanto, apenas seu escudo, todo torto e desmanchado.
O dragão estava finalmente morto, e o Velocino de Ouro estava agora, finalmente, nas mãos de Jasão. Medéia, com um grito de alegria, lançou-se aos braços do herói e, no mesmo instante, ambos retornaram para o Argo. Medéia decidira unir-se a Jasão, partindo com os demais argonautas de volta para a terra de seu amado.


Imagem: Reprodução.
Texto: as 100 melhores histórias da mitologia grega.



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Um comentário:

Evandro Pezzi disse...

Não conhecia Deyse! Gostei!

Beijos

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